27 de janeiro de 2016 | 14:25

Conselhão terá renovação de 70% dos membros; Dilma fará última análise da lista

brasil

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que será reaberto nesta quinta-feira, 28, terá 70% de renovação dos participantes. No entanto, a lista oficial, que será publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU), ainda não está totalmente fechada, já que a presidente Dilma Rousseff, mesmo em viagem no exterior, avisou que faz questão de verificar mais uma vez todos os nomes. A composição final do Conselhão deve ser de 45 empresários, 20 representantes dos trabalhadores e 25 da sociedade civil. O ex-presidente do PC do B, Renato Rabelo, será o secretário-executivo do novo grupo. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, está ainda hoje fazendo ligação e convites para o evento de amanhã, marcado para as 14h30. O certo é que nomes como o do presidente da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o pecuarista José Carlos Bumlai, que faziam parte da antiga composição do órgão, não farão parte do grupo já que ambos foram presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O grupo não terá mais a presença de comandantes de empreiteiras, mas de instituições que representam o setor, como o engenheiro civil José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e Wilson Ferreira Júnior, da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Alguns empresários continuarão no grupo, como o banqueiro Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, mas outros se juntarão, como Roberto Setúbal, do Itaú, Jorge Paulo Lemann, da Ambev, José Roberto Ermírio de Moraes, da Votorantin, Josué Gomes da Silva, da Coteminas, Frederico Curado, da Embraer, e Cláudia Sender, da TAM. Murilo Ferreira, da Vale, e Benjamin Steinbruch, da CSN, permanecerão no Conselhão, assim como Luíza Trajano, do Magazine Luiza. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, comemorou o fato de pela primeira vez o órgão ter espaço no Conselhão. “Toda esta operação para financiar os pequenos pode ajudar a segurar as pontas dos empregos. No curto prazo, pode ser determinante para ajudar a desempregar menos e não desempregar mais”, disse. Até agora, lembrou, só os grandes empresários estavam representados. “Todos são importantes. Mas, neste momento, os pequenos são mais”, declarou. A reunião de amanhã, que será aberta à imprensa, deve ter a fala dos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, além do próprio Jaques Wagner, a quem caberá fazer o discurso de abertura.

Estadão Conteúdo
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