15 de março de 2016 | 08:50

Petistas apontam preocupação com protestos e pedem serenidade

bahia

Sobre os protestos que aconteceram anteontem em todo o país contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), contra o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores, políticos ligados ao Palácio do Planalto argumentam que o perfil dos manifestantes é de elite e de que 2/3 são eleitores da oposição encabeçada pelo senador Aécio Neves, candidato derrotado nas eleições presidenciais em 2014. Em conversa com a Tribuna, o líder do PT na Câmara Federal, o deputado federal baiano Afonso Florence afirma que o ato foi “dentro do padrão de manifestações feitas pela oposição anteriormente”. “Em termos políticos é o mesmo tamanho. Essa convocação foi extremada, envolveu o governador de São Paulo, a Federação das Indústrias de São Paulo, redes de comerciais, de lanchonetes, juízes e promotores”, apontou FlorenceSegundo o petista, o momento pede serenidade e equilíbrio, uma vez que os protestos também se voltam para toda a classe política, a exemplo do que aconteceu com o governador de SP, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves. “Alckmin e Aécio foram hostilizados em São Paulo, não conseguiram nem falar. Aleluia foi vaiado em Salvador. Você tem um perfil social, a classe média alta mobilizada, e isso é o que a oposição tem. A gente reconhece que tem esse peso, mas repete o peso de anteriores”, minimizou. O deputado petista ainda reforçou que apesar de as manifestações pedirem a saída de Dilma da Presidência, segundo ele, “não tem justificativa legal para impeachment”. “As manifestações reiteram o tamanho da oposição que defende o golpe, mas não interfere no curso regular do impeachment na Câmara”, frisou.

Tribuna da Bahia
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