Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministro da Casa Civil, Jaques Wagner 15 de março de 2016 | 09:00

Planalto já admite utilizar reservas internacionais

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No momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está a um passo de virar ministro, o governo começa a avaliar o uso de reservas internacionais para abater a dívida pública federal. Embora a presidente Dilma Rousseff descarte uma guinada na política econômica, como quer a cúpula do PT, a possível entrada de Lula na equipe provocará mudanças nessa seara. “Essa perspectiva de queima de reserva pra investimento está descartada. Se for o caminho, será para pagar dívida, há uma reflexão sobre isso, mas nenhuma decisão a respeito”, disse o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. A cúpula do PT e Lula insistem na necessidade de o governo usar um terço dos US$ 372 bilhões das reservas internacionais para a criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento e Emprego. A proposta consta no Programa Nacional de Emergência aprovado pelo Diretório Nacional do partido no dia 26 de fevereiro, mas Dilma e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sempre resistiram à ideia. Na noite de ontem, deputados do PT se reuniram com Wagner e pediram mudanças na política econômica. A avaliação dos petistas é de que somente um novo rumo na economia, com liberação de crédito para incentivar o mercado de consumo de massas, salvará Dilma do impeachment. O PT também quer que o governo desista da proposta de reforma da Previdência. O Palácio do Planalto já dá sinais de que vai arquivar o plano, por uma questão de sobrevivência política. “Nós não vamos arredar pé dessa pauta de mudança da política econômica”, ressaltou ontem o deputado Vicente Cândido (PT-SP), um dos parlamentares que estiveram com Wagner. O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou ao Estado que a economia já começa a dar sinais de reação. “Vamos mostrar que essa ideia de que o País está parado é falsa”, declarou. Leia mais na Estadão.

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