Possibilidade de impeachment deixa partidos baianos indecisos

Políticos baianos de partidos alinhados ao governo no Congresso Nacional identificaram, nos últimos dois dias, sinais de recuo entre líderes de siglas que já haviam acertado o retorno em peso de suas bancadas à base aliada. Em especial, do PP, PR, PDT, PTB e PRB, alvos da estratégia montada pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para refazer o arco de apoio à presidente Dilma Rousseff. Nos gabinetes da Câmara e do Senado, parlamentares dessas cinco legendas conversam de modo reservado sobre o temor com os indícios de avanço da movimentação pró-impeachment e o consequente crescimento da ala antigovernista dentro de suas fileiras. Avaliam que perderão lugar no bonde caso tal cenário se cristalize, com adesão cada vez maior do empresariado, entidades de classe e setores da sociedade até então ligados ao Planalto. De acordo com fontes ouvidas pela Satélite, há receio também que o acirramento dos ânimos eleve a tensão nas ruas e empurrem os cardeais das siglas para o barco guiado por grupos da esquerda radical.