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Deputado Paulo Magalhães 14 de abril de 2016 | 09:05

Deputados federais do PSD baiano também mantêm apoio à presidente

bahia

O PSD decidiu, ontem, que a bancada de deputados federais na Câmara vai votar a favor do impeachment por um placar de 30 votos a oito. A orientação do partido do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, não encontrou consenso entre os cinco parlamentares baianos, que fecharam questão contra o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT).À Tribuna, o deputado Paulo Magalhães afirmou que todos os parlamentares, inclusive, José Nunes, que estava indeciso, vão caminhar na defesa da dirigente nacional do PT. “Todos vamos apoiar Dilma com o aval do senador Otto Alencar”, frisou Magalhães, ao se referir ao posicionamento do presidente do PSD na Bahia. Além de Magalhães e Nunes, compõem o grupo de deputados federais pessedistas Antônio Brito, Sérgio Brito e Fernando Torres. Segundo Alencar, a expectativa é que, realmente, os congressistas baianos do seu partido na Câmara mantenham o apoio a Dilma.“A orientação é de se votar contra [o impedimento da presidente] para ser coerente. Por ter passado um ano e seis meses no governo e levar uma série de benefícios ao estado. Se o partido tivesse que sair, era para sair no ano passado. Já se sabia da crise. O petrolão foi descoberto em 2014. Agora, na hora que o governo está com problema, abandonar o barco é uma situação que desqualifica”, declarou o senador. Otto Alencar ainda afirmou que Kassab não planeja entregar os cargos que possui no governo e minimizou a decisão do partido em votar a favor do impeachment de Dilma. “Aí é a cabeça de cada um. Todos os partidos estão tendo esse problema, não é um problema exclusivo do PSD. Eu não avalio se alguém vai trair ou vai ficar. Vai depender da votação. A votação dos 513 deputados é no dia. Vai ser tão difícil botar 342 a favor do impeachment quanto 172 contra. Ninguém ganha de véspera. No Congresso, o clima é de insegurança geral. A situação para o governo já esteve melhor do que hoje, mas ontem estava pior do que hoje”, contrapôs o senador.O posicionamento do presidente do PSD contrário ao impeachment causou reações no grupo Movimento Brasil Livre (MBL), que tem programado protestos na frente das casas dos deputados pessedistas da Bahia no intuito de convencê-los a mudarem o voto.

Tribuna da Bahia
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