25 de abril de 2016 | 16:45

Sessão especial da mandioca dá o pontapé inicial para aprovação do projeto do ‘pãozinho baiano’

bahia

O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia recebe nesta quinta-feira (28), a partir das 9h30, a Sessão Especial em Homenagem à Cadeia Produtiva da Mandioca. A proposta foi do deputado estadual Eduardo Salles, que pretende, durante o evento, apresentar a agricultores, pesquisadores, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, comerciantes e panificadores os detalhes do Projeto de Lei de sua autoria que pretende substituir até 10% de farinha de trigo por fécula de mandioca para elaboração de pães no Estado. O parlamentar batizou o produto de “pãozinho baiano”. Eduardo Salles acredita que a substituição de até 10% de farinha de trigo por fécula de mandioca crie mais postos de trabalho na cadeia produtiva da mandioca baiana. “Isso vai aumentar a demanda pelo produto e gerar mais emprego, além de ser benéfico à saúde porque a fécula de mandioca não contém glúten”, explica o deputado. Uma das vantagens aos panificadores que atenderem as normas prevista no Projeto de Lei será o recebimento do Certificado de Responsabilidade Social, emitido pela SDR (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural), em função do estímulo à produção da agricultura familiar na Bahia, “A proposta é que a substituição aconteça de forma progressiva: 2%, 4%, 6%, 8% e 10%, nos cinco anos seguintes à aprovação do Projeto de Lei”, explica Eduardo Salles. A substituição de até 10%, explica o parlamentar, seria exclusivo à panificação. “Na Bahia a mandioca é produzida em sua grande maioria por produtores da agricultura familiar nos 417 municípios do Estado. O aumento da demanda trará impactos significativos do ponto de vista social”, diz Eduardo Salles. “Participamos da construção do projeto para atestar que a mistura proposta é perfeitamente compatível e viável”, explica Joselito Mota, pesquisador da EMBRAPA. Conforme estimativa de técnicos da EMBRAPA e do parlamentar, com a aprovação da lei, o Estado deixaria de importar 60 mil toneladas de trigo por ano, o que significaria economia de US$ 20 milhões.

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