Foto: Reprodução/Metropress
03 de agosto de 2016 | 11:45

“Me deixe trabalhar”, diz Rui para Neto, elogiando Zé Ronaldo

bahia

O governador Rui Costa (PT) voltou a criticar hoje, durante entrevista ao radialista Mário Kertész, o que tem chamado de ‘pirraça’ da Prefeitura em conceder alvarás para que o governo realize obras em Salvador. Segundo Rui, a Prefeitura demorou um ano para liberar o alvará para a construção das passarelas que servirão aos passageiros do Metrô no Detran e na Rodoviária, cujas estações o governo deve inaugurar em breve.

“Já vou entregar as estações (do Metrô) e a Prefeitura está há um ano segurando o projeto. Você, ouvinte, acha razoável a Prefeitura levar um ano para analisar o projeto de duas passarelas?”, questionou Rui, em tom irônico. Ele lembrou ter levado 10 meses para conseguir autorização para as obras que o governo realizou no Centro Histórico e lamentou que a Prefeitura tenha impedido a administração estadual de fazer a revitalização da Avenida Sete de Setembro, alegando que já tinha um projeto para a obra que até agora, segundo eele, quase um ano depois, ainda não saiu.

De acordo com o governador, para não dizer que ele está mentindo, governo e Prefeitura estão discutindo há oito meses sobre o projeto de paisagismo na Paralela. “São oito meses”, enfatizou, completando: “Eu não tenho os olhos azuis de (Jaques) Wagner (seu antecessor), mas me deixa trabalhar”, afirmou Rui, aludindo ao prefeito e simulando irritação, para completar que ele não pode acusar a postura de ser partidária porque o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, também um democrata, não tem oposto qualquer dificuldade ao governo do Estado quando o assunto são obras na cidade.

“Para não dizer que é algo partidário – Zé Neto (petista, líder do governo na Assembleia e candidato à sucessão em Feira contra José Ronaldo) não vai gostar! -, mas nunca tive dificuldades de obter um alvará lá e é um prefeito do DEM. Eu entro, ele analisa rapidamente os projetos”, afirmou Rui. Para o governador, a saída de Luiz Carreira da chefia da Casa Civil de ACM Neto também prejudicou as tratativas entre o governo e a Prefeitura. “Quando ele (Carreira) estava lá, se esforçava, mas havia forças maiores do que ele. Depois que saiu, então piorou”, disse.

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