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O ex-ministro Antonio Palocci 29 de setembro de 2016 | 21:00

Palocci diz à PF que não é ‘italiano’ da planilha de propinas

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O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) afirmou à Polícia Federal nesta quinta-feira, 29, que não é o ‘italiano’ que aparece em uma planilha de propinas da empreiteira Odebrecht. Alvo da Operação Omertà, que o prendeu na segunda-feira, 26, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, o ex-ministro declarou que ‘não recebeu qualquer vantagem indevida ou ilícita’. Os investigadores suspeitam que Palocci recebeu R$ 128 milhões da empreiteira e que parte desse dinheiro teria sido destinado ao PT. Uma planilha do Departamento de Operações Estruturadas – setor da Odebrecht que teria a missão de pagar propinas a agentes políticos – traz o codinome ‘italiano’. A Operação Omertá diz que ‘italiano’ é uma referência a Palocci. Segundo a defesa de Palocci, a cargo do criminalista José Roberto Batochio, a PF ‘já atribuiu tal apelido a outros três indivíduos’. Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Palocci critica o que chama de ‘ilação’ da PF de que ele ‘teria trabalhado para favorecer a conversão da Medida Provisória 460’, em favor dos interesses da Odebrecht. Essa versão, segundo o texto divulgado pela assessoria, ‘está em contradição com o fato de que o ex-ministro, quando deputado, votou contra a medida provisória’. Palocci está preso em regime temporário por cinco dias. O prazo termina nesta sexta-feira, 30. Moro vai decidir se prorroga a temporária do ex-ministro ou se o manda para prisão preventiva – quando não há previsão do seu término. O juiz poderá, ainda, revogar a ordem de prisão contra Palocci. Leia mais no Estadão.

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