Foto: Divulgação/Arquivo
Deputado baiano Arthur Maia chama a atenção contra a quebra de uma tradição secular 09 de outubro de 2016 | 08:43

Arthur Maia critica decisão do STF e defende vaquejada

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O deputado Arthur Maia (PPS) criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou ilegal a prática da vaquejada, tradição cultural nordestina na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela cauda. Apesar de se referir ao Ceará, a decisão do STF servirá de referência para todo o país, sujeitando os organizadores à punição por crime ambiental de maus tratos a animais.”Estamos falando de uma atividade que provê 720 mil empregos diretos e indiretos, fonte de renda para peões e suas famílias. A vaquejada é importante para a história, para o cunho econômico e é importante para o povo nordestino. É secular e deve ser preservada”, defendeu Maia. De acordo com a Associação Brasileira de Vaquejadas (ABVAQ), são 3 milhões de adeptos dessa prática esportiva. Por ano, são mais de 4 mil provas, um movimento econômico de R$ 700 milhões, que cresce 20% ao ano. O deputado lembra que há vários outros países adeptos de esportes com animais, como é o caso da Espanha e Portugal e que a vaquejada no Brasil tem evoluído com passar dos anos e se profissionalizado para garantir o bem-estar dos animais. “Hoje, o gado que é colocado na vaquejada faz duas corridas, no máximo, sem falar nos aparelhos de proteção que têm se modernizado. Na Bahia, por exemplo, a lei que regulamentou a vaquejada estabeleceu uma série de normas de realização dos eventos através do controle e prevenção sanitário-ambientais, higiênico-sanitárias e de segurança em geral, além de estipular a doação de 2% do valor da premiação aos fundos beneficentes dos animais. Muitos direitos humanos são desrespeitados no Brasil e ninguém faz nada”, destacou.Na Bahia, dentre as medidas instituídas, também estão a proibição de participação de qualquer animal que possua ferimentos com sangramentos. Cada bovino só poderá correr até três vezes por competição e o piso da pista deve possuir camada de pelo menos 30 centímetros de colchão de areia, o que diminui o impacto da queda do animal. Além disso, o vaqueiro que maltratar os bichos de forma intencional será desclassificado. Regras para o transporte de bovinos também foram estabelecidas, com isso, os animais devem ser conduzidos com garantia de água, sombra e comida em quantidade necessária para a manutenção de saúde dos animais.

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