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Marcelo Freixo 02 de outubro de 2016 | 09:30

Crise petista abre brecha a PSOL, PCdoB e Rede

brasil

A fragilidade do PT diante do impeachment de Dilma Rousseff e dos desdobramentos da Operação Lava Jato, com prisões de petistas e denúncias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fizeram com que seus tradicionais aliados aproveitassem o momento para tentar crescer em cima da provável perda de prefeituras comandadas pelo partido. Essa é a avaliação de integrantes de partidos como o PSOL e o PCdoB, que afirmam esperar o aumento no número de candidatos eleitos no domingo com base neste cenário. “Não temos nenhuma arrogância de achar que vamos virar uma força de esquerda fantástica a partir destas eleições”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Para ele, o partido se beneficia do “desencanto” das pessoas com a política tradicional, porque ainda é visto como “diferente” e defende ideias mais progressistas. “Independentemente do resultado numérico, pode-se dizer que o PT é hoje uma força política declinante, cada vez mais desacreditada e ‘peemedebizada’, e o PSOL está em ascensão.” Criado por dissidentes petistas, em 2004, o PSOL conquistou apenas duas prefeituras e 49 cadeiras de vereadores em 2012. Dirigentes da legenda afirmam que há chances de eleger pelo menos 20 prefeitos em cidades pequenas, médias e grandes, e de dobrar os vereadores. O partido lançou 429 candidaturas a prefeito, 24 delas em capitais. Nomes do PSOL aparecem liderando a disputa em Belém e Cuiabá, e há possibilidade de ir ao segundo turno no Rio, com Marcelo Freixo, e em Porto Alegre, com Luciana Genro.

Estadão
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