18 maio 2024
Após ficar em primeiro na eleição para prefeito do Rio de Janeiro no primeiro turno, com cerca de 27,5% dos votos, o candidato do PRB ao cargo, Marcelo Crivella, reafirmou que não quer o apoio do PMDB “do Rio de Janeiro”: “Nesse momento, com os quadros do PMDB no Rio, acho que não (vou conversar com o partido)”, disse, em entrevista coletiva concedida na noite deste domingo (2), em um hotel na Barra da Tijuca (zona oeste). Desde o início da campanha, Crivella criticou o PMDB do atual prefeito, Eduardo Paes, e do candidato Pedro Paulo, que ficou em terceiro lugar com 16% dos votos. O candidato do PRB vai enfrentar Marcelo Freixo, do PSOL, que conquistou a vaga para o segundo turno com 18,4% dos votos. “O PMDB mostrou que precisa reciclar, que não é possível continuar com essas práticas políticas. E isso não sou eu quem digo, são os eleitores. As pessoas estavam desalentadas com as atitudes do prefeito e os sucessivos escândalos do partido. O PMDB deixar de ir para o segundo turno é uma coisa redentora, algo extraordinária, que não se esperava”, afirmou. “Não conversei (com o PMDB) nem tenho a intenção, mas vou conversar com todas as outras forças políticas. Quero conversar com todas as forças que pensam como eu”, disse Crivella. Em seguida, o candidato redirecionou as críticas: “Me referia a segmentos do PMDB, não é o partido como um todo. Paulo Duque, por exemplo, é do PMDB e votou em mim”. Questionado novamente pela imprensa, ele reiterou: “Se os eleitores de Pedro Paulo quiserem apoiar nosso projeto, serão muito bem recebidos. Eu não rejeito voto de nenhum eleitor. Agora, não farei acordos sobre cargos ou posições no governo”.
Estadão