05 de outubro de 2016 | 20:31

Em carta, colegas de Moro defendem prisão já na 2ª instância

brasil

Os colegas de Sérgio Moro, o magistrado da Lava Jato, divulgaram nesta quarta-feira, 5, a Carta de São Paulo, documento por meio do qual alertam para “a corrupção enraizada nas instituições públicas” e defendem vigorosamente a prisão imediata após decisão em segundo grau judicial.A Carta de São Paulo foi produzida pelo V Forum Nacional dos Juízes Federais Criminais (Fonacrim), promovido pela Associação dos Juízes Federais. Os juízes se reuniram durante três dias em São Paulo.O documento coincide com a sessão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que discute nesta quarta, 5, a polêmica medida – os ministros vão decidir se prisão já vale para condenados em segunda instância judicial.Juiz federal em Curitiba, base da Lava Jato, Moro lançou em 2015 a raiz do movimento inédito na magistratura pela execução da ordem de prisão de condenado por colegiado – Tribunais de Justiça dos Estados e Tribunais Regionais Federais.A sugestão foi endossada pela Associação dos Juízes Federais, mas é alvo de críticas da advocacia.”O Brasil convive com uma corrupção sistêmica que se enraíza nas instituições públicas e privadas, causando prejuízos incalculáveis ao Estado e à sociedade”, diz a Carta de São Paulo.Por sua atuação intransigente contra malfeitos na Petrobras e condenações pesadas de empreiteiros, políticos, doleiros e ex-dirigentes da estatal petrolífera, Moro é alvo frequente de ataques de advogados e juristas que condenam a prisão em segundo grau.

Agência Brasil
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