08 de outubro de 2016 | 13:01

Governo Alckmin pede a Moro documentos da Omertà que citam obras em SP

brasil

Após virem à tona os e-mails do ‘departamento de propina’ da Odebrecht que citam repasses de dinheiro a codinomes supostamente ligados a obras no Estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), por meio da Corregedoria-Geral da Administração (CGA), pediu ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, cópias de todos os documentos e e-mails da empreiteira utilizados na Operação Omertà – 35ª fase da Lava Jato.Essas anotações resgatadas pelos investigadores da Omertà citam obras do Metrô e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). A Corregedoria é o órgão do Estado que detém poderes para investigar, na esfera administrativa, suspeitas de irregularidades envolvendo servidores públicos estaduais, que podem ser punidos se ficarem comprovados os crimes.A Operação Omertà prendeu o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci. A Polícia Federal suspeita que ele era o elo do PT com a empreiteira. Ele teria captado R$ 128 milhões em propinas. Seu advogado, o criminalista José Roberto Batochio, nega enfaticamente.Em meio às correspondências eletrônicas capturadas pelos investigadores da Omertà, há citação a empreendimentos em São Paulo. A Corregedoria de Alckmin instaurou procedimento correcional para apurar eventuais irregularidades, no dia 26 de setembro, mesma data em que o Estadão entrou em contato com o governo do Estado para questionar sobre as mensagens da Odebrecht que citam as obras em São Paulo e apontam para propinas nestes empreendimentos, segundo a Polícia Federal.

Estadão Conteúdo
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