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Presidente do PT, Rui Falcão 06 de outubro de 2016 | 06:55

PT culpa ajuste fiscal, Lava Jato e mídia por perda de prefeituras

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A cúpula do PT avaliou nesta quarta-feira que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi a maior responsável pela derrota do partido nas eleições municipais. O partido também atribui ao ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff parte da onda antipetista que tomou o País. Na primeira reunião da Executiva Nacional após a sigla perder 256 das 635 prefeituras sob seu comando, dirigentes petistas não esconderam o abatimento com o fracasso, principalmente em São Paulo, e mostraram divergências sobre os rumos a seguir. “Estamos enfrentando uma campanha de massacre. Há um Estado de exceção em andamento no País”, disse Falcão. Uma resolução política, aprovada no encontro, diz que a “escalada antipetista” da Lava Jato desencadeou “ofensivas fraudulentas, mas de ampla repercussão” contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministros às vésperas das eleições. O documento sustenta, ainda, que o “aprofundamento da crise econômica, a criminalização do PT e a ação corrosiva da mídia monopolizada erodiram a base eleitoral progressista”, provocando o revés nas urnas. Na distribuição de culpas, o partido também citou a “reforma política” comandada pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje cassado, que reduziu o tempo de campanha. “Com um pouquinho mais de campanha, o prefeito Fernando Haddad teria ido para o segundo turno”, lamentou. Apesar de apontar o dedo para fatores externos, como a Lava Jato, Falcão admitiu que o PT cometeu erros e vai tirar “lições” da derrota.

Estadão
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