Foto: Gláucio Detttmar/ag.CNJ
O ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal 25 de outubro de 2016 | 17:15

Quando um juiz é destratado, eu também sou, reage Cármen Lúcia a Renan

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Sem citar nominalmente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu respeito aos juízes brasileiros. Cármen Lúcia, que é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi categórica. “Onde um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nós juízes é.” Renan chamou de ‘juizeco’ o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília. Vallisney autorizou a deflagração da Operação Métis, da Polícia Federal, contra policiais legislativos que teriam realizado varreduras ilegais em gabinetes e residências de senadores e ex-senadores para embaraçar a Operação Lava Jato. Cármen Lúcia se dirigiu a Renan durante a 240ª Sessão Plenária do CNJ nesta terça-feira, 25. “Numa democracia, o juiz é essencial, como são essenciais os membros de todos os outros Poderes, que nós respeitamos. Mas exigimos o mesmo igual respeito para que a gente tenha uma democracia fundada nos princípios constitucionais”, declarou. “Toda vez que um juiz é agredido, eu, e cada um de nós juízes, é agredido.” A presidente do Supremo declarou que ‘o juiz brasileiro é um juiz que tem trabalhado pela República, como trabalhou pelo Império’. “Somos humanos, temos erros. Por isso, existe esse Conselho Nacional de Justiça, para fortalecer um Poder Judiciário, coerente com os princípios constitucionais, com as demandas e aspirações do povo brasileiro”, disse.

Estadão
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