Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Presidente Temer 08 de dezembro de 2016 | 08:00

Decisão do STF é recebida como vitória pelo Planalto

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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Senado representou uma vitória do Palácio do Planalto, que atuou para salvar o aliado desde esta segunda-feira, 5, logo após a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello. Mantido no cargo, Renan telefonou para o presidente Michel Temer e confirmou para a próxima terça-feira, 13, a votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos e é considerada um dos pilares do ajuste fiscal. Também está na pauta a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Planalto tenta ainda desconstruir a tese de que houve um “acordão”. “Não é acordão, mas entendimento entre Poderes”, disse um auxiliar. Temer estava satisfeito com a “retomada da normalidade institucional”, que considera fundamental para devolver estabilidade política ao País e criar condições para o crescimento. A fórmula encontrada pelo Supremo foi costurada com a ajuda do Planalto, ao longo de anteontem, quando Renan, depois de se recusar a receber a notificação para se afastar da presidência do Senado, se reuniu com o presidente. O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que a decisão do Supremo foi muito positiva. “A partir de agora as votações ocorrerão sem sobressaltos”, afirmou. “Claro que tudo isso deixa sequelas, mas é muito bom ter essa questão resolvida de forma razoável.” Para um assessor do presidente, o importante é afastar o clima de crise entre os Poderes. “Na política, vaca voa.” A equipe de Temer também avalia que o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), “contribuiu muito” para o desfecho do imbróglio. “Eu advoguei neste caso em meu desfavor e procurei ajudar para que não houvesse ruptura entre os Poderes”, afirmou Viana.

Estadão
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