07 de dezembro de 2016 | 21:28

Investigação sobre voo da Chapecoense vai tratar caso como homicídio culposo

brasil

A primeira reunião entre autoridades colombianas, bolivianas e brasileiras sobre as causas do acidente com o avião da Chapecoense definiu nesta quarta-feira, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, que a linha de investigação será por homicídio culposo. A tipificação é usada quando se entende que não existiu intenção de matar, porém houve imprudência.A tese é de autoria da Colômbia, país onde o voo da companhia aérea LaMia caiu na semana passada e causou 71 mortes. A procuradoria-geral do país apresentou as primeiras conclusões da investigação no encontro na cidade boliviana de onde saiu o avião fretado que iria até Medellín.Os integrantes do Ministério Público da Bolívia revelaram que foi já instaurada investigação formal por homicídio culposo. Houve apreensão de grande quantidade de documentos na sede da empresa LaMia e a prisão temporária de três pessoas ligadas à companhia aérea. A investigação está a cargo de seis procuradores.Um trabalho em conjunto de Brasil, Bolívia e Colômbia vai tentar trocar informações sobre as causas do acidente. O grupo vai investir a responsabilidade de servidores da Direção Geral da Aeronáutica Civil (DGAC) e da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (Aasana), da Bolívia, em possíveis atos de corrupção em autorizações de voo da LaMia. Há indícios de que em diversas viagens a empresa teria voado no limite da autonomia da aeronave para economizar custos.Do Brasil, estiveram presentes os procuradores da República Wellington Saraiva e Carlos Humberto Prola Junior, de Chapecó (SC). A reunião foi convocada pelo procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, que apura informações de outro desdobramento do acidente.

Estadão Conteúdo
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