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Dos 34 investigados que votaram na sessão, 27 apoiaram emenda que prevê punição a juízes e procuradores no pacote anticorrupção 18 de abril de 2017 | 06:55

80% dos deputados da lista são a favor de punir abuso

brasil

De 34 deputados que tiveram investigação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin com base nas delações da Odebrecht e que participaram da sessão na Câmara no fim do ano passado, 27 votaram a favor de incluir no pacote anticorrupção a previsão de punição por abuso de autoridade, o que representa quase 80% dos parlamentares. A emenda ao “desconfigurado” texto apresentado pelo Ministério Público é criticada por integrantes do Judiciário por ser considerada uma tentativa de barrar a Lava Jato. Dentre os investigados, o partido que teve mais votos a favor da emenda foi o PT (11). O posicionamento pela aprovação do texto era uma orientação da bancada na votação na Câmara, em 30 de novembro passado. Outras 12 legendas tiveram deputados federais na lista do ministro Fachin, entre eles PP, PMDB, DEM, PSDB e PSB. A segunda sigla que mais teve votos favoráveis de parlamentares incluídos na lista de Fachin foi o PP, com quatro investigados a favor e uma ausência. Os três deputados do PMDB alvo de inquéritos com base nas delações da Odebrecht também votaram em favor da emenda. Sem orientação do partido para o voto, três deputados do PSDB votaram contra a tipificação do crime no texto e um não votou. Outro que também foi contra a inclusão da emenda na proposta foi o relator do pacote na Comissão Especial, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que está na relação de investigados.

Estadão
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