26 de abril de 2017 | 21:58

Adriana Ancelmo continua em prisão domiciliar até julgamento de recurso, diz TRF2

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) confirmou na noite desta quarta-feira, 26, que a decisão da Primeira Turma Especializada de mandar a ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo de volta à prisão só será cumprida após o julgamento dos recursos do processo. Com isso, ela continua em prisão domiciliar.Mais cedo, a defesa da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral afirmou à reportagem que para que se aguarde o julgamento de todos os recursos no tribunal antes de cumprir a determinação o desembargador Abel Gomes, do TRF2, reconsiderou a decisão de mandá-la imediatamente de volta à prisão. Amanhã, Adriana irá prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, em Curitiba.Durante o dia de hoje, o desembargador Abel Gomes, relator do processo, chegou a pedir à 7ª Vara Federal Criminal do Rio a emissão do novo mandato de prisão preventiva, mas voltou atrás após a defesa da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral ter apresentado recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).O advogado Luís Guilherme Vieira argumentou que a defesa tem direito a entrar com um recurso no próprio TRF2, chamado embargo infringente, uma vez que a decisão não foi por unanimidade. Foram 2 votos a favor e 1 contra.Os desembargadores Abel Gomes e Paulo Espirito Santo foram a favor da volta de Adriana ao sistema carcerário, enquanto o desembargador Ivan Athié defendeu que Adriana continuasse em prisão domiciliar. Ele defendeu que trata-se de uma questão humanitária. “Quero privilegiar a situação dos menores e não da mãe”, afirmou Athié acrescentando reconhecer que as acusações contra ela são “graves”.A ex-primeira dama, presa na Operação Calicute, é acusada de corrupção e lavagem de dinheiro na organização criminosa que seria liderada por Cabral.

Estadão Conteúdo
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