Foto: Divulgação
Ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE) 18 de abril de 2017 | 06:50

Fachin manda fazer pente-fino nas emendas de Bruno Araújo ‘Jujuba’

brasil

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a levantar as obras da Odebrecht ‘no local de origem’ do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE). A determinação de Fachin alcança ainda todas as emendas parlamentares propostas pelo tucano, no período em que ele estava na Câmara. Sob codinome ‘Jujuba’, Bruno Araújo recebeu R$ 600 mil não contabilizados da Odebrecht porque era uma ‘aposta’ da empreiteira, segundo o executivo João Pacífico Ferreira, um dos delatores da empreiteira na Operação Lava Jato. O executivo ocupou o cargo de diretor superintendente da área de infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste da empreiteira. “Bruno Araújo é um político jovem, foi deputado estadual, hoje é deputado federal. Eu conheço ele desde quando ele era adolescente. Tenho relações com a família dele, conheço o pai, irmãos”, contou Ferreira.
“Isso (o repasse) era em função da relação e também de uma aposta que nós fazíamos de que ele viria a ser um político de destaque. Tanto que ele foi. Hoje é ministro de Estado”, afirmou o delator. A Odebrecht forneceu à Lava Jato informações do Sistema Drousys, a rede de comunicação interna, uma espécie de intranet, dos funcionários do ‘departamento da propina’ da empreiteira, no qual consta os pagamentos a Bruno Araújo em 2010. O documento ainda traz a indicação do codinome ‘Jujuba’. O ministro aparece ainda na planilha ”JP”, de João Pacífico. A tabela aponta o nome de Bruno Araújo como ‘jogador’ – o clube Corinthians se refere ao PSDB e a posição Volante se refere ao cargo de Deputado Federal. O tucano é um dos oito ministros do presidente Michel Temer que tiveram a instauração de inquérito autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) com base na delação premiada de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Araújo será investigado pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Estadão
Comentários