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Celso Pansera 18 de abril de 2017 | 06:45

Peemedebistas articulam saída do partido

brasil

Com o partido fortemente atingido pela lista de Fachin, deputados do PMDB começam a articular a saída da legenda. Pelo menos seis dos 64 integrantes da bancada, a maior da Câmara, admitiram ao Broadcast Político que já conversam com outras siglas para onde possam migrar. Segundo eles, o número de parlamentares que devem deixar o partido é maior, pois muitos preferem manter a articulação sob sigilo. O próximo período previsto para mudança partidária sem risco de perder o mandato é em março de 2018, seis meses antes das eleições. Entre os motivos apresentados estão os efeitos da Operação Lava Jato no eleitorado, reforçado pela lista de inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin com base nas delações da Odebrecht, que atingiu oito ministros do governo Michel Temer. Dos 98 investigados da lista, 17 são do PMDB. A legenda só fica atrás do PT, que tem 20 investigados. Peemedebistas que pensam em deixar a legenda citam também a agenda do governo considerada por eles impopular e a falta de uma estratégia política para as eleições de 2018. O movimento é mais forte na bancada do Rio, a maior dentro do PMDB, com 11 dos 64 deputados. No Estado, algumas da principais lideranças do partido estão presas, como o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha.

Estadão
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