26 de maio de 2017 | 18:26

Coronel atende pleitos de 143 comunidades indígenas

bahia

O deputado Angelo Coronel (PSD) confirmou presença no ato de abertura do Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia, que acontece a partir de segunda-feira, até o dia 31, no Centro Administrativo da Bahia, CAB. Os caciques recebidos no gabinete da presidência da Alba nesta sexta-feira (26), representam 143 comunidades, 22 etnias e os quase 57 mil índios de nosso estado. Eles haviam pedido a audiência através do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, deputado Marcelino Galo (PT), que os acompanhou.A conversa foi marcada pela informalidade e o presidente Angelo Coronel chegou a colocar um cocar na cabeça. Posou empunhando uma lança e manifestou seu apoio ao movimento dos indígenas pelo reconhecimento dos direitos que a Constituição lhes garante: “Esta Casa sempre estará aberta para ouvir os reclamos da sociedade, dos baianos, sem distinção de classe, religião ou etnia. Respeito o trabalho reivindicatório realizado dentro da ordem como o organizado pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia”. Nessa audiência o cacique Payayá solicitou – e foi imediatamente atendido – apoio para a realização do encontro, “a nossa assembleia aqui ao lado da Assembleia Legislativa”. No ato, o presidente da Alba encarregou o chefe da Assistência Militar, coronel Xavier, de adotar as providências necessárias ao atendimento de todos os pleitos: Aluguel de 20 banheiros químicos, obtenção de eletricidade para o evento, carros pipa, utilização de parte do estacionamento lateral para a instalação da cozinha do acampamento e disponibilização do Serviço Médico para qualquer eventualidade. Presenteado com um livro de poesias sobre a natureza, de Payayá, autorizou ainda a reedição desse volume pelo projeto Alba Cultural. O deputado Marcelino Galo explicou que os povos indígenas de todo o Brasil enfrentam problemas sérios que ameaçam a própria sobrevivência de algumas comunidades, pois está emperrada a regularização de terras (existem conflitos de Norte a Sul) e as lideranças políticas do país muitas vezes se comportam como se fossem inimigos dos índios: “Não há vontade política para a regularização fundiária determinada pela Constituição, pois existe o apoio quase explícito à exploração sem limites dos nossos recursos naturais, dos minérios à monocultura dos grandes latifúndios”.

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