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03 de maio de 2017 | 08:02

Odebrecht pagou serviços no exterior, diz marqueteiro

brasil

A empresária Mônica Moura e seu marido, o marqueteiro João Santana, confirmaram em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a Odebrecht fez pagamentos a eles pelas campanhas presidenciais na Venezuela, El Salvador, Angola e Panamá. De acordo com o marqueteiro, sua entrada nas campanhas vinha a convite da própria empreiteira ou por meio de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Parte dos relatos dos delatores da Odebrecht relacionada a crimes cometidos em outros países é mantida em sigilo. Pelo acordo, temas internacionais devem permanecer em segredo até 1º de junho para dar tempo para que a empreiteira negocie os acordos em cada um dos países em que se envolveu em esquemas de corrupção. Na Venezuela, a contribuição para a campanha de Hugo Chávez em 2012 não veio só da Odebrecht. A Andrade Gutierrez também financiou os trabalhos do marqueteiro com uma “contribuição de US$ 2 milhões”, segundo Mônica Moura, que aponta que o pagamento foi feito por meio de uma offshore. A empreiteira negocia atualmente um recall com a Lava Jato para falar fatos que não entraram em sua delação premiada, mas foram mencionados pela Odebrecht. Já a Odebrecht contribuiu com ao menos US$ 7 milhões para a campanha de Chávez. Os pagamentos no caso de campanhas internacionais poderiam ser feitos na conta mantida pelo casal na Suíça, em dinheiro no país onde era realizado o trabalho ou em dinheiro no Brasil. Leia mais no Estadão.

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