Foto: Dida Sampaio / Estadão
Aécio Neves 18 de maio de 2017 | 06:50

Tucanos defendem afastamento de Aécio do PSDB

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Integrantes do PSDB ligados ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendem nos bastidores o afastamento do senador Aécio Neves (MG) da presidência nacional do partido. A avaliação é de que a imagem da legenda será ainda mais atingida se o parlamentar mineiro continuar na direção da sigla, o que obrigará os tucanos a se desgastarem publicamente para defender Aécio. A situação do senador se complicou nesta quarta-feira, 17, após o empresário Joesly Batista, dono da JBS, entregar à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação na qual Aécio pede R$ 2 milhões ao empresário, sob a justificativa de que precisava da quantia para pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato. A Polícia Federal teria filmado um primo de Aécio pegando esse dinheiro. A defesa do tucano disse que ele não recebeu “dinheiro nenhum”. Deputados ligados a Aécio, por sua vez, saíram em defesa do tucano. “A primeira coisa que ele terá de fazer é apresentar sua defesa para a população e para o partido. É o dever disso. Após isso, é que vamos fazer a discussão. Mas ele não tem que se afastar ou deixar a presidência do partido. Nós defendemos direito de defesa até para a nossos opositores”, afirmou o deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PSDB de Minas. Logo após a divulgação da denúncia pelo jornal O Globo, deputados e senadores do PSDB se reuniram na noite desta quarta-feira na Câmara. Na reunião, também discutiram preliminarmente a denúncia de que Joesly Batista gravou o presidente Michel Temer dando aval para que o empresário comprasse o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O encontro desta quarta dos tucanos, porém, não foi conclusivo.

Estadão
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