Foto: Rodrigo Felix Leal / Futura Press
Ex-presidente Lula 04 de junho de 2017 | 09:30

Lula ataca ‘meninices’ da Lava Jato e provoca Moro e Janot

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste sábado, 3, o que chamou de “meninices” dos procuradores da Lava Jato e sugeriu que a “teoria do domínio do fato” deve valer também para o juiz Sérgio Moro e para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Hoje fiquei sabendo que o Ministério Público pediu minha prisão, minha condenação. Em qualquer lugar do mundo, para ser indiciado, tem que ter prova. Agora, não precisa mais de prova nesse País”, afirmou o ex-presidente, no encerramento do 6.º Congresso do PT, numa referência ao pedido de prisão feito pela Procuradoria da República contra ele no caso do tríplex do Guarujá. Réu em cinco ações penais, três das quais no âmbito da Lava Jato, Lula disse que já devassaram sua vida e, em mais de dois anos de investigações, nunca encontraram prova de que ele tenha se beneficiado com o esquema de corrupção na Petrobrás. Foi aí que o ex-presidente mencionou a teoria do domínio do fato, segundo a qual uma pessoa, mesmo não tendo praticado diretamente uma irregularidade, ordenou a ação. “Eu não sei se o procurador geral da República (Rodrigo Janot) ou o Moro, eles têm um amigo que foi preso (…). Veio pedir desculpa na televisão, disse que ficou chateado, porque o procurador era amigo deles, queria fazer jantar com o procurador. Não sei se a teoria do domínio do fato cabe para eles ou se eles sabiam que o cara era ladrão”, provocou o ex-presidente. Aplaudido pela plateia, que gritava “Brasil/urgente/Lula presidente”, o petista disse que o Ministério Público Federal está numa “enrascada” por não conseguir provar o que sustenta contra ele. “Só têm um jeito de saírem dessa enrascada: é pedindo desculpas. (…)”, afirmou Lula. “Eu não tenho desafiado a Justiça nem o Ministério Público porque é uma instituição que ajudei a fortalecer como deputado constituinte. O que tenho é contra as meninices dos procuradores da Lava Jato.”

Estadão
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