29 de junho de 2017 | 08:25

Políticos negam cunho eleitoral no ato em homenagem ao Dois de Julho

bahia

Como nas edições anteriores, os políticos baianos mantêm o discurso de que as comemorações pela independência da Bahia, o Dois de Julho, não devem ser usadas como medição de força para as eleições que se aproximam. Aliados do governador Rui Costa (PT) e do prefeito ACM Neto (DEM), os dois possíveis diretos da disputa de 2018, não estarão voltados para embate durante o cortejo.
Em uníssono, políticos ouvidos pela Tribuna ponderam que a classe política vive um descrédito acentuado diante da sociedade, e que a data magna da Bahia não deve ser usada como palanque eleitoral. A oposição ao governo federal, porém, admite que levará às ruas durante o desfile o mote ‘fora, Temer’. Presidente da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Léo Prates, do Democratas (DEM), afirmou à Tribuna que, apesar de não estar pensando em eleição, a expectativa é de que o prefeito ACM Neto seja bem recepcionado pelo povo nas ruas. “Estaremos presentes, como nos últimos 15 anos, à grande festa da Bahia. A expectativa é muito boa, porque temos o melhor prefeito do Brasil, ACM Neto, muito bem avaliado. Ele deve ser recebido mais uma vez com o carinho que o povo lhe dá todos os anos. Mas pensar em eleição, acho que agora não dá. Falta muito ainda. O prefeito nem pensa nisso. ACM Neto pensa em administrar bem a cidade. O termômetro agora só vai medir mesmo a boa administração que o prefeito faz em Salvador”, disse o democrata. Líder do PT na Câmara, o vereador Luiz Carlos Suíca disse à Tribuna que espera ver mais uma vez nas ruas “o simbolismo de resistência que a história da independência da Bahia carrega”. Suíca avalia que o atual momento do país “reflete um pouco o que foi a luta do povo baiano e que os protestos devem tomar as ruas”. “É um momento cívico do povo baiano, de lembrar seus heróis e defender suas posições por independência e direitos individuais. Até os dias de hoje o povo negro, indígena, as mulheres, as comunidades LGBTs lutam por isso.
A atual conjuntura política e econômica do país lembra muito o período da época. É preciso libertar o povo das mazelas dos grupos hegemônicos desse país, que agora têm um governo ilegítimo para tornar o que quiser legal. Não podemos retroceder, e o Dois de Julho é um momento de reafirmar nossas convicções”, afirmou o petista.

Tribuna da Bahia
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