Foto: Wilton Júnior/Estadão
Aldemir Bendine e Rodrigo Janot em encontro em 31 de julho de 201 27 de julho de 2017 | 15:15

Bendine pegou propina 30 dias antes de evento com Janot para devolução de R$ 139 mi da corrupção à Petrobrás

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Aldemir Bendine ‘Cobra’ era presidente da Petrobrás quando encontrou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em 31 de julho de 2015, para celebrar a devolução de R$ 139 milhões desviados da estatal e recuperados pela Operação Lava Jato. Trinta dias antes do evento – um marco na guerra contra a corrupção que devastou a estatal petrolífera -, Bendine recebeu, segundo o Ministério Público Federal, a terceira parcela de R$ 1 milhão da propina paga pela Odebrecht. Bendine foi preso nesta quinta-feira, 27, por suspeita de receber R$ 3 milhões em razão de sua atuação na estatal. Ele foi presidente da Petrobrás entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. Na planilha de propinas da empreiteira, ele era identificado pela alcunha ‘Cobra’. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, na véspera de assumir a presidência da Petrobrás, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros exigiram propina aos executivos Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, da Odebrecht. O pedido teria sido feito para que o grupo empresarial não fosse prejudicado na Petrobrás e em relação às consequências da Lava Jato. Em decorrência deste novo pedido e com receio de ser prejudicada na estatal petrolífera, a Odebrecht optou por pagar a propina de R$ 3 milhões. O valor foi repassado em três entregas em espécie, no valor de R$ 1 milhão cada, em São Paulo. Esses pagamentos foram realizados no ano de 2015, nas datas de 17 de junho, 24 de junho e 1º de julho, pelo Setor de Operações Estruturadas – o departamento de propina da empresa. Leia mais no Estadão.

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