23 de agosto de 2017 | 11:14

Comissão da TLP segue em leitura dos votos em separado

brasil

O plenário da comissão mista que analisa a criação da nova taxa de juros que balizará empréstimos do BNDES aceitou o recurso do líder do governo do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), contra a decisão do presidente do colegiado, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), de adiar a votação da medida à espera de estimativas de impacto orçamentário e financeiro. Com isso, a comissão partiu para a análise do mérito da Medida Provisória (MP) que cria a chamada Taxa de Longo Prazo (TLP).Apesar da vitória governista, Lindbergh fez questão de dizer que mantinha seu entendimento de que a tramitação da matéria deveria ser paralisada diante da ausência dos cálculos que, segundo ele, fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o teto de gastos. O argumento dele e do senador José Serra (PSDB-SP), autor da questão de ordem, é que haverá aumento de despesa com a criação da TLP, mas isso não ficou demonstrado na exposição de motivos. Jucá, por sua vez, tem defendido o governo dizendo que não há que se falar em estimativa de impacto uma vez que a TLP reduzirá subsídios.A comissão acompanha agora a leitura dos votos em separado, divergentes ao parecer favorável do relator, deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). O primeiro a fazer a leitura é Serra, que defende que a TLP seja aplicada apenas em financiamentos cuja fonte de recursos sejam empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES. Há ainda outro voto em separado do deputado Afonso Florence (PT-BA).Parlamentares governistas pediram que Lindbergh estabelecesse um tempo máximo para a leitura dos votos divergentes, uma estratégia para impedir que a sessão se alongue muito. Mas o presidente da comissão negou essa solicitação. “Temos tempo”, disse.

Estadão
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