02 de agosto de 2017 | 07:40

Compadre de Lula senta no banco dos réus da Lava Jato

brasil

Artífice da controversa estratégia de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos processos da Operação Lava Jato, o advogado Roberto Teixeira foi colocado no banco dos réus, nesta terça-feira, 1, pelo juiz federal Sérgio Moro. Compadre do petista, Teixeira é acusado pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro na compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP). “Relativamente à imputação contra Roberto Teixeira, há indícios de que participou, conscientemente, de fraudes para ocultar quem custeava as reformas do Sítio de Atibaia e quem era o real beneficiário”, afirma Moro, em despacho, em que abriu processo contra Lula – terceira ação penal aberta contra petista, em Curitiba. “A condição de advogado de Roberto Teixeira não o imuniza contra a imputação.” O sítio foi comprado em 2010 e está registrado em nome de dois sócios dos filhos, Fernando Bittar – filho do amigo Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas – Jonas Suassuna. O imóvel passou por duas reformas. As obras no sítio Santa Bárbara custaram R$ 1.020.500,00 e foram bancadas, segundo o Ministério Público Federal, pelas empreiteiras OAS e Odebrecht e pelo pecuarista José Carlos Bumlai. Em janeiro de 2016, o Estadão revelou que a compra do sítio, por R$ 1,5 milhão, foi registrado no escritório do compadre de Lula. As escrituras de venda e compra dos dois imóveis que compõem o sítio foram lavradas na mesma data, 29 de outubro de 2010), pelo mesmo escrevente, João Nicola Rizzi, no mesmo local: Rua Padre João Manoel, nº 755, 19º andar, São Paulo – endereço do escritório de advocacia Teixeira, Martins e Advogados.

Estadão
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