Foto: André Dusek/Estadão
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia 05 de setembro de 2017 | 20:33

Cármen exige investigação imediata de menções a ministros do STF em áudio de Joesley

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Em pronunciamento gravado nesta terça-feira (5), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou que exigiu que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) façam uma “investigação imediata” das menções feitas pelo empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud a integrantes da Corte. Segundo Cármen, a dignidade institucional do STF foi agredida de maneira inédita nesse episódio. Segundo o Estado de S. Paulo apurou, os novos áudios da delação de executivos da J&F entregues à PGR, na semana passada, citam os nomes de três ministros do STF: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen. Em nenhum deles, há menção ou atribuição a algum tipo de crime, de acordo com informações apuradas pelo Estado. “Enviei agora ao diretor-geral da Polícia Federal e ao procurador-geral da República ofícios exigindo a investigação imediata, com definição de datas para início e conclusão dos trabalhos a serem apresentados, com absoluta clareza, a este Supremo Tribunal Federal e à sociedade brasileira, a fim de que não fique qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes”, disse Cármen, em pronunciamento divulgado pela Secretaria de Comunicação Social do STF. “Agride-se, de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes. Impõe-se, pois, com transparência absoluta, urgência, prioridade e presteza a apuração clara, profunda e definitiva das alegações, em respeito ao direito dos cidadãos brasileiros a um Judiciário honrado”, afirmou a presidente do STF. A Secretaria de Comunicação Social disponibilizou à imprensa um vídeo de um minuto e nove segundos com a fala de Cármen e um documento com a transcrição do discurso da presidente do STF, intitulado “Nota à sociedade brasileira”. Na tarde desta terça-feira, os ministros que compareceram à sessão da Primeira Turma do STF, Marco Aurélio Mello, Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, se recusaram a comentar o assunto.

Estadão Conteúdo
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