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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) 05 de setembro de 2017 | 18:15

Presidente da CPMI apresenta requerimento para convidar Janot e irmãos Batista

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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), apresentou nesta terça-feira, 5, sete requerimentos para convocar autoridades a prestar esclarecimentos sobre, entre outras coisas, o acordo de delação premiada firmado entre o empresário Joesley Batista e o Ministério Público Federal, que abasteceu as denúncias contra o presidente Michel Temer. Na primeira sessão da CPMI, que foi instalada hoje, o senador tucano apresentou os requerimentos que sugerem a convocação dos seguintes nomes: Rodrigo Janot, procurador-geral da República; os irmãos Wesley e Joesley Batista, executivos da JBS; Marcelo Miller, ex-procurador federal; Ricardo Saud, executivo da JBS; Demian Fiocca e Luciano Coutinho, ex-presidentes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Os pedidos devem ser aprovados pela maioria do colegiados antes de serem encaminhados às autoridades. A votação dos requerimentos deve acontecer, no entanto, somente na próxima semana, dia 12, quando a CPMI vai se reunir novamente. Um dos motivos para os requerimentos não terem sido colocados em apreciação foi a dúvida sobre os poderes da CPMI de convocar um magistrado como Janot. Diante dessa impossibilidade, o vice-presidente da comissão, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), sugeriu que o requerimento elaborado especificamente para Janot seja transformado num convite. Já os outros seis nomes seriam obrigados a comparecer no colegiado. Todos os requerimentos só devem ser analisados pelos parlamentares na semana que vem. Questionado se o requerimento tinha intenção de constranger Janot, Ataídes Oliveira rechaçou essa possibilidade. “De forma alguma, ninguém está acima da lei. Eu tenho dito que a justiça tem que ser feita para condenar e absolver. E o PGR tem feito um trabalho magnífico para o nosso País. Agora, com relação a essa delação premiada dos irmãos Batista, nós precisamos ouvi-lo, saber por que dessa delação diferenciada das demais. Como também nós devemos questionar o STF sobre o porquê que homologou essa delação superpremiada dos irmãos Batista. É um dever, é uma atribuição do Congresso Nacional e especialmente dessa CPMI”, argumentou.

Estadão Conteúdo
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