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Governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) 01 de setembro de 2017 | 07:40

Silval roubou R$ 1 bilhão, até o tapete do Palácio, acusa Taques

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“O cara rouba um bilhão e devolve 76 milhões e vai ficar dois anos em prisão domiciliar na sua cobertura”, afirmou o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), que criticou, nesta quinta-feira, 31, em entrevista ao Estado, os termos da delação de seu antecessor, Silval Barbosa (PMDB). O tucano, que relata ter recebido do peemedebista, a sós, no dia em que tomaria posse, o pedido para que ‘não o perseguisse’, alega ter assumido a gestão com R$ 84 mil em caixa. Ele diz ter identificado ‘roubos’ até mesmo dos tapetes do Palácio dos Paiaguás. Citado por Silval e por um empresário que tenta acordo com as autoridades no âmbito da Operação Rêmora, que investiga desvios na Secretaria de Educação, Taques se diz defensor da colaboração premiada. Ele afirma, reiteradamente, que ‘não há instrumento para investigação criminal mais importante do que a delação premiada’. Entretanto, o governador tucano partiu para cima dos valores devolvidos pelo peemedebista que o acusa e ressalta que ‘delação não pode servir de instrumento de vingança a políticos adversários’. “O que ele devolveu? Um avião velho, uma fazenda no meio do mato. E o restante do dinheiro? Aí é uma critica construtiva à delação”. Taques admite ser ‘inimigo de Silval’ e diz precisar de escolta policial há 12 anos porque o peemedebista e outros desafetos já teriam tentado matá-lo. O governador comentou os vídeos entregues por seu antecessor nos quais políticos mato-grossenses pegam maços de dinheiro e enfiam em malas, mochilas, caixas e bolsos. Taques diz que as imagens são ‘nojentas’ e que as cenas protagonizadas, em parte, por seus aliados, ‘não têm explicação’.

Estadão
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