Foto: Estadão
O ministro da Defesa, Raul Jungman 22 de outubro de 2017 | 12:00

Após saída do Haiti, Brasil poderá atuar em missão de paz na África

brasil

Após 13 anos ajudando a estabilizar e reconstruir o Haiti, o destino da próxima missão de paz das Forças Armadas Brasileiras poderá ser a República Centro Africana. A possibilidade do Brasil integrar a Missão Multi-dimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (Minusca) foi comentada neste sábado (21), pelo ministro da Defesa, Raul Jungman. O ministro participou, no Rio, de evento comemorativo ao final dos trabalhos dos militares brasileiros na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), após 13 anos de atuação de 37,5 mil homens e mulheres brasileiros. “A República Centro Africana parece como aquele mais provável destino de missão de paz do país. Porém, a decisão final compete ao presidente da República e ao Congresso Nacional. Nós temos o desejo de levar paz, estabilidade e levar os nossos valores”, disse Jungmann aos jornalistas, após o evento. Com 5,2 milhões de habitantes, a República Centro Africana fica no centro do continente e faz fronteira com Chade, Sudão, Congo e Camarões. O país, considerado um dos mais pobres do mundo, enfrenta combates entres grupos guerrilheiros cristãos e o governo muçulmano. Ao contrário do Haiti, onde a logística brasileira chegava de navio, o transporte de material para o país africano terá de ser feito via aérea, o que complica a operação e aumenta os custos. Porém, a participação do Brasil em missões de paz oferece vantagens, como a inserção do país no cenário global das Nações Unidas e o adestramento permanente das tropas brasileiras, conforme comentou o general Ajax Porto Pinheiro, que foi o último comandante da Minustah e atuou como coordenador dos esforços de resgate e reconstrução do país, após o terremoto de 2010.

Agência Brasil
Comentários