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Avaliação de políticos é de que fundo eleitoral não cobrirá gastos de campanha 22 de outubro de 2017 | 10:15

Caixa 2 ronda partidos mesmo com fundo público

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A criação de um fundo público bilionário para o financiamento das eleições de 2018 não deve acabar com uma prática antiga no País: o chamado caixa 2, uso de recursos não declarados durante a campanha. Essa é a avaliação feita por dirigentes e líderes partidários das 12 maiores legendas nacionais. O Estado ouviu políticos do PMDB, PT, PSDB, PSD, PP, DEM PR, PTB, Podemos, PRB, PDT e PSB e, praticamente por unanimidade, todos admitiram que o caixa 2 continuará existindo. Na esteira das revelações da Operação Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu proibir a doação empresarial a candidatos em 2015. Diante da necessidade de financiar as campanhas e da constatação de que a arrecadação por pessoa física ainda não emplacou no País, o Congresso articulou a aprovação de um fundo eleitoral que pode chegar a R$ 2 bilhões. A avaliação, no entanto, é de que o dinheiro não será suficiente para cobrir gastos de campanha, especialmente de grandes partidos, que costumam lançar candidato à Presidência e a governos estaduais. Pelos valores declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eleição de 2014 custou R$ 5,1 bilhões. “Vai existir caixa 2? Vai. Mas está todo mundo com medo, com o tanto de empresário preso. Quem tem um pouquinho de juízo vai pensar duas vezes”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi. Por outro lado, há a leitura de que a decisão do Congresso de aprovar um teto de gastos para as campanhas deve servir como um termômetro e facilitar a fiscalização do TSE. “Não podemos ter uma visão ‘Poliana’ de que o fundo vai acabar com o caixa 2, mas esperamos maior agilidade e punição da Justiça Eleitoral”, disse o deputado Danilo Forte (PSB-CE). Leia mais no Estadão.

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