Foto: Dida Sampaio / Estadão
Aécio Neves 24 de novembro de 2017 | 07:40

Moraes dá mais 30 dias para PF investigar Aécio sobre R$ 5,2 mi

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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes prorrogou por mais 30 dias o prazo para a conclusão das investigações sobre o suposto pagamento de R$ 5,2 milhões em supostas propinas da Odebrecht ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) no âmbito das obras de construção da Cidade Administrativa – nova sede do governo do Estado, erguida na gestão do tucano. “Com fundamento no artigo 230-C, caput e § 1.º do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, defiro a prorrogação de prazo para conclusão deste inquérito, por mais 30 dias, para conclusão das diligências em andamento, tal como requerido pela digna Autoridade Policial”, anotou o magistrado. O ex-diretor de Infraestrutura da empreiteira, Benedicto ‘BJ’ Júnior, contou, em delação premiada, que, numa reunião no início de 2007, no Palácio das Mangabeiras, Aécio o comunicou que havia decidido pela participação da Odebrecht na obra, antes mesmo de a licitação ocorrer. Nesse encontro, o tucano teria indicado Oswaldo Borges, seu contraparente e então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), para “acertar tudo a respeito”. A partir daí, a Odebrecht indicou seu superintendente em Minas, Sérgio Luiz Neves, para tratar de pagamentos e combinar as fraudes ao processo de concorrência. A Odebrecht levou o lote 2, de R$ 360 milhões, em consórcio com a Queiroz Galvão e a OAS. Houve reuniões entre os empreiteiros escolhidos previamente para a obra, segundo ele, para tratar de detalhes da licitação e da desclassificação de concorrentes indesejados. A Odebrecht, sozinha, faturou cerca de R$ 90 milhões com a Cidade Administrativa e teria repassado os R$ 5,2 milhões em propinas para Aécio por meio de vários pagamentos a seus intermediários. Alguns deles, segundo ‘BJ’, foram feitos diretamente a Oswaldo Borges na concessionária Minasmáquinas, de propriedade dele.

Estadão
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