Foto: Beto Barata|PR|Divulgação
06 de novembro de 2017 | 21:30

Bruno Araújo aguarda PSDB para decidir se fica no governo

brasil

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse nesta segunda-feira, 6, que vai aguardar a decisão da executiva do PSDB para decidir sobre sua permanência na equipe do presidente Michel Temer. “Entrei no ministério a convite do presidente da República, no entendimento político de o PSDB contribuir para o avanço do País”, afirmou Araújo após anunciar a contratação de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida. “A gente vai continuar nesse mesmo entendimento, no relacionamento com o presidente e ouvindo o partido.”Ao comentar o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado no ‘Estado’, no qual ele defende o desembarque do partido do governo Michel Temer, Araújo comentou que Cardoso tem “autoridade moral importante” no partido. Ele avaliou que a questão foi levantada porque o partido irá discutir essa questão em dezembro, na reunião executiva. “Seguramente esse tema vai ser recorrente até lá”, disse. O partido já discutiu essa questão em outro momento, comentou. “Entramos no governo numa decisão política formal da executiva do PSDB”, disse. Ele lembrou que a executiva foi novamente chamada para discutir o tema e, na ocasião, Fernando Henrique ratificou a posição, dizendo que o partido deveria contribuir para evitar uma paralisia do governo. A nova discussão, disse ele, se dará de forma “coletiva, aberta e transparente”, quando o PSDB “tiver clareza sobre quem o vai conduzir e dar um novo comando ao partido”.Há pressões da base aliada por uma reforma ministerial, e a pasta das Cidades, comandada por Araújo, é das mais cobiçadas. Ela tem sob sua responsabilidade o programa Minha Casa Minha Vida que, segundo informações dadas nesta segunda-feira pelo ministro, deverá entregar perto de 500 mil unidades até o final de 2018.Dessas, 130 mil são para famílias de baixa renda que pagarão apenas 5% do valor do imóvel. O ministro anunciou nesta segunda-feira a contratação de 54.089 unidades para essa faixa, depois de dois anos com o programa praticamente parado por causa do excesso de unidades iniciadas no governo anterior sem que houvesse recursos para concluí-las. As unidades autorizadas este ano envolvem investimentos de R$ 6,31 bilhões.

Estadão
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