23 de novembro de 2017 | 10:51

C’est Fini intima Alexandre Accioly para depor

brasil

O empresário Alexandre Accioly foi intimado a depor na Operação C’est Fini, nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira, 23. A ação foi aberta pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e pela Polícia Federal. A C’est Fini cumpre cinco mandados de prisão, além de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram expedidos contra Henrique Alberto Santos Ribeiro, Lineu Castilho Martins, Maciste Granha de Mello Filho, Georges Sadala Rihan e Régis Velasco Fichtner Pereira. Georges Sadala e Régis Fichtner aparecem na foto da ‘Farra do Guardanapo’, em 2009, em Paris. O empresário Fernando Cavendish foi alvo de mandado de condução coercitiva. A operação é um desdobramento das Operações Calicute e Eficiência. As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal, do Rio. “Essa etapa tem como intuito avançar no desbaratamento dos demais agentes que solicitaram e administraram o recebimento de vantagens indevidas pagas por empresas que celebraram contratos com o Estado, assim como de seus respectivos operadores financeiros”, destacam os procuradores da força-tarefa Leonardo Cardoso de Freitas, José Augusto Simões Vagos, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, Rafael Barretto dos Santos, Sérgio Luiz Pinel Dias, Fabiana Schneider, Marisa Varotto Ferrari e Felipe Almeida Bogado Leite. Em material colhido em busca e apreensão da Operação Calicute, na casa do operador financeira Luiz Carlos Bezerra, foi possível conectar anotações da contabilidade paralela da organização criminosa com os alvos das medidas cautelares cumpridas hoje. Lineu Castilho era identificado, nas anotações de Bezerra, como “Boris”, também conhecido como “Russo” e “Kalash”. Ele teria aportado cerca de R$ 17 milhões para a organização criminosa, atuando sempre como braço-direito e operador financeiro do ex-presidente da ex-presidente da Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (Funderj) Henrique Ribeiro, entre 2008 e 2014. Além de vizinho de Cabral no condomínio Portobello, em Mangaratiba (RJ), Georges Sadala, conhecido pelos pelos codinomes “G”, “Salada” e “Saladino”, era o grande corruptor da iniciativa privada na área de prestação de serviços especializados relacionados ao programa Rio Poupa Tempo. “Sadala teve evolução patrimonial exponencial, desde o início do governo Cabral. Em troca de facilidades na contratação de suas empresas junto ao Estado do Rio de Janeiro, ele garantiu o pagamento de propina, com o aporte de, ao menos, R$ 1,3 em favor da organização criminosa”, diz nota da Procuradoria da República.

Estadão
Comentários