Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes 02 de novembro de 2017 | 12:30

Gilmar diz que diálogo de Cabral e Bretas foi ‘talvez um pouco ríspido, mas nada demais’

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta quinta-feira, 2, que o diálogo entre o ex-governador Sérgio Cabral e o juiz federal Marcelo Bretas não teve “nada demais”. Nesta semana, o ministro suspendeu a transferência de Cabral para um presídio de segurança máxima em Campo Grande (MS). Bretas havia determinado a mudança, porque se sentiu ameaçado pelo ex-governador, ao citar que a família do juiz vendia bijuterias. “Eu vi o vídeo (do depoimento), examinei todas as questões e não me convenci disso (de que houve ameaça). Pelo contrário, é um diálogo talvez um pouco ríspido entre o ex-governador e o juiz, mas nada de mais”, afirmou o ministro do STF, em evento em Lisboa. Em entrevista ao Estado em setembro, Bretas contou à reportagem que sua família era dona de uma grande loja de bijouterias no Rio. Gilmar rebateu críticas de sua decisão e disse que quem critica a concessão de habeas corpus está suprimindo seus próprios direitos. “Quando a gente concede um habeas corpus, as pessoas que recebem um relato mais ou menos superficial são contra. Se pudessem, elas suprimiriam o habeas corpus, mas, ao fazê-lo, estariam suprimindo seus próprios direitos. Porque o atingimento de um direito de alguém hoje significa que amanhã poderá haver o atingimento do direito de outro”, afirmou. Sobre as supostas regalias recebidas por Cabral na prisão, o ministro disse que isso não é assunto do STF. “O tratamento privilegiado na prisão tem que ser resolvido lá mesmo, o juíz, o promotor fazem a supervisão do sistema penitenciário. Portanto, são eles que têm que resolver”. Leia mais no Estadão.

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