Foto: André Dusek/AE
Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia 06 de novembro de 2017 | 21:03

Maia acredita ser possível votar reforma da Previdência “mais enxuta”

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Faltando pouco mais de um mês para o fim Ano Legislativo, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, ainda acredita que será possível aprovar uma reforma da Previdência mais enxuta do que a proposta enviada inicialmente pelo governo. Após a fala do presidente Michel Temer sobre o tema durante reunião hoje (6), Maia defendeu que alguns pontos da reforma – como a idade mínima para a aposentadoria e regras de transição – podem ser votados neste ano. Segundo ele, é importante a aprovação desses itens com o objetivo de “acabar com a transferência de renda dos que ganham menos para os que ganham mais”.Na avaliação de Maia, é preciso que o governo converse com os parlamentares, líderes e presidentes dos partidos com o intuito de convencê-los da importância das mudanças. Um dos argumentos sugeridos pelo presidente da Câmara é o do impacto financeiro que a não aprovação pode causar aos cofres públicos nos próximos anos.“Tem que aprovar a reforma da Previdência. Não é um projeto que pode ser apenas do Poder Legislativo. O governo precisa ajudar a organizar essa votação. Hoje é difícil ter 308 votos para qualquer matéria da Previdência”, reconheceu.Para o presidente da Casa, apesar do “desgaste” com um tema que é “polêmico”, os parlamentares e o governo precisam discutir o projeto e apresentarem esclarecimentos à sociedade. “A reforma da Previdência [precisa ser] bem explicada. A gente tem que fazer a reforma porque aqueles que ganham mais, que estão tendo maior benefício, estão tirando dos que ganham menos. Essa transferência de renda precisa ser reorganizada. Eu acho que a idade [mínima de aposentadoria] e a reforma do serviço público são importantes, além de uma transição onde cada um possa contribuir um pouco mais de tempo com trabalho”, disse, enumerando os principais pontos que, na sua opinião, ainda podem ser aprovados.Para o líder do PMDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), os parlamentares podem se debruçar sobre outros projetos de ajuste fiscal que não dependem “única e exclusivamente” da reforma. Reconhecendo a mudança no clima entre os aliados do governo para aprovação das mudanças, após a tramitação das duas denúncias contra o presidente Michel Temer, Baleia Rossi defendeu a conscientização dos deputados e senadores sobre a importância da aprovação de outras medidas de ajustes.

Agência Brasil
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