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Paulo Pedrosa, secretário executivo do Ministério de Minas e Energia 04 de novembro de 2017 | 12:50

Para governo, preço mais alto da energia tem impacto limitado

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O aumento do custo da energia não é um fator que limita a retomada do crescimento econômico, afirma o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Paulo Pedrosa. Na avaliação dele, o câmbio tem mais impacto na competitividade da indústria do que o custo da energia. Segundo Pedrosa, o mais importante para o setor produtivo é a garantia de que haverá energia suficiente para abastecer o País, e isso está assegurado. “Nossa visão é de que o custo não vai impedir o crescimento econômico. Para a indústria, o grande problema seria o desabastecimento, mas isso não vai ocorrer”, afirmou. “A não ser para a indústria eletrointensiva, a energia não define a competitividade da produção”. Pedrosa, que atuou por muitos anos no setor privado, explica que a grande indústria compra energia com antecedência e garante contratos de médio e longo prazos com custos mais baixos. O secretário executivo reafirmou que o abastecimento de energia está garantido e que “criar um ambiente favorável é mais importante do que as questões de curto prazo”. Entre as medidas que ajudam a criar um clima mais favorável estão o novo modelo do setor, a privatização da Eletrobrás, a revisão dos subsídios e as soluções para problemas bilionários que assombram os agentes há anos, como o risco hidrológico e a indenização das transmissoras.

Estadão Conteúdo
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