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Michel Temer 01 de dezembro de 2017 | 07:20

Planalto tenta acalmar convenção tucana

brasil

O Planalto atua nos bastidores para evitar que a convenção do PSDB, marcada para o dia 9, seja transformada em palco de ataque ao presidente Michel Temer. Na tentativa de revestir o desembarque anunciado pelo governador Geraldo Alckmin como uma separação amigável, o Planalto espera que dois dos três ministros do PSDB deixem os cargos nos próximos dias, antes do encontro tucano. A ideia é esvaziar o impacto político da convenção, que, dessa forma, não seria um marco do divórcio litigioso. Além disso, os governistas do PSDB lideram um movimento para que o partido feche questão sobre o apoio à reforma da Previdência, obrigando os seus deputados a votarem a favor da proposta. Dos três ministros do PSDB, apenas o titular das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanecerá no governo, na “cota pessoal” de Temer. O chefe da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, deve ser substituído pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, também vai entregar o cargo. “O PSDB não indicou os ministros. Quem indicou foi o presidente. Então, esse não é um assunto que diga respeito à convenção do partido. O PSDB vai romper com o governo com qual objetivo? Para fazer o quê?”, perguntou Aloysio. “Minha preocupação é não haver a dispersão das forças que estão agrupadas em torno de um projeto reformista”, completou. A “ala Jaburu” do PSDB, que frequenta a residência oficial de Temer, articula uma estratégia para que a convenção se concentre apenas na eleição de Alckmin como presidente do partido. “Colocar esse tema de rompimento agora na pauta é amesquinhar o PSDB”, disse o chanceler ao Estado. Aloysio participou ontem do início de um encontro da Executiva da sigla, mas em seguida foi chamado ao Planalto por Temer.

Estadão
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