Foto: Ed Ferreira / Agência Estado
Teotônio Vilela Filho 01 de dezembro de 2017 | 07:50

Teotônio montou organização criminosa e infiltrou comparsas no Estado, diz procuradora

brasil

A procuradora Renata Baptista afirma que o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (PSDB) ‘montou uma organização criminosa’. O tucano foi alvo de mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira, 30, na Operação Caribdis, que investiga suposta fraude em licitação de R$ 33 milhões para obras do Canal do Sertão alagoano, entre 2009 e 2014. Teotônio comandou o governo de Alagoas por dois mandatos (2007-2014), foi senador pelo Estado por três mandatos consecutivos, presidente nacional do PSDB e presidente do Comitê Estadual do partido. “Teotônio, na qualidade de Governador do Estado de Alagoas, exercia o comando da organização criminosa. Neste sentido, buscou, inicialmente, não só se cercar de familiares para intermediar as práticas delitivas, como também, e principalmente, nomear pessoas de sua inteira confiança para cargos estratégicos—no caso em análise, para a pasta de infraestrutura do Governo do Estado, a fim de possibilitar negociatas envolvendo os recursos públicos por ela administrados”, afirmou a procuradora ao pedir a prisão preventiva de Teotônio. A Justiça negou a custódia. Renata Baptista anotou ainda. “Depois de infiltrar seus comparsas na administração do Estado, ratificou rotineiramente sua posição de comando, dividindo e dirigindo, por vezes direta, por vezes indiretamente, as atividades dos demais, bem como dando a palavra final sobre o destino dos acertos ilícitos, seja para chancelá-los, seja para rechaçá-los. Na condição de líder da organização criminosa, revelou-se ainda o maior beneficiário das quantias obtidas a título de propina.”

Estadão
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