19 de fevereiro de 2018 | 08:47

Márcio França começa a montar governo pós-Alckmin

brasil

A um mês e meio de assumir o cargo de governador de São Paulo, Márcio França (PSB), atual vice de Geraldo Alckmin (PSDB), já começa a montar a equipe interina que comandará as 25 secretarias estaduais até dezembro. Com a provável desincompatibilização do tucano no dia 7 de abril para a disputa presidencial, França planeja abrir as portas do Bandeirantes a partidos hoje distantes do Palácio, como PR e PROS – que já anunciaram apoio à sua reeleição -, e até a legendas que carregam bandeiras de esquerda, a exemplo do PDT e do PCdoB. A chegada dos novos aliados deve movimentar a composição da máquina estadual. O governo tucano é sustentado por seis partidos, além do PSDB e do PSB – França acumula o cargo de vice e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. O PR, por exemplo, deve ser convidado a comandar a pasta de Logística e Transportes, hoje sob a gestão de Laurence Casagrande, aliado de Saulo de Castro, atual secretário de Governo e um dos homens de confiança de Alckmin. Logística e Transportes foi pleiteada pelo PR ano passado, mas Saulo, que comandou a pasta entre 2011 e 2014, venceu a queda de braço partidária e indicou Laurence para o cargo. A secretaria, por meio da Dersa, é a responsável por algumas das principais obras do Estado, como a construção do Rodoanel e a nova Tamoios. Além de recursos, ainda tem força política por operar obras rodoviárias em todo o Estado. Na pasta do Emprego e Relações do Trabalho, já sob influência do Solidariedade, o que deve mudar não é o secretário – José Luiz Ribeiro -, mas o orçamento. A pedido do presidente nacional da sigla, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, França estuda aumentar a fatia de recursos destinada a custear cursos profissionalizantes no Estado. “O Márcio é outro nível na área social e essa pasta (Trabalho) foi bem desmontada nos últimos anos. No governo Márcio pode ser melhorada pela questão social, porque isso é destaque na atuação dele”, disse Paulinho. O Solidariedade ainda pode levar a pasta de Turismo.

Estadão Conteúdo
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