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A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) 16 de fevereiro de 2018 | 14:15

Oposição critica intervenção no Rio e alega desvio de foco da Previdência

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A intervenção federal na segurança pública do Rio, decretada pelo presidente Michel Temer nesta sexta-feira, 16, provoca reações negativas de integrantes da oposição nas redes sociais. Ainda antes do decreto ser assinado, parlamentares criticaram a medida, que consideram ser excessiva, e citaram que a tentativa do governo é desviar o foco após a “derrota” na reforma da Previdência, cuja tramitação sofre ainda mais incertezas após a medida anunciada nesta sexta-feira. A tese de que a situação está sendo usada pelo governo para desviar o foco da reforma foi endossada pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR). “Sem votos para aprovar a reforma da Previdência governo muda pauta e aceita pedido de intervenção no Rio. A situação da segurança lá é grave, mas fiquemos alertas que pode vir junto mais repressão aos movimentos sociais e mais suspensão de direitos constitucionais”, disse a senadora, em texto publicado no Twitter. O deputado federal Wadih Damous (PT), que é do Rio de Janeiro, criticou o governador Fernando Pezão (MDB) e considerou a intervenção uma medida excessiva. “Incompetência do governador, cujo governo não elaborou plano de segurança pública para o carnaval, não é motivo de para intervenção federal. O ilegítimo tenta encobrir fraquezas e as vítimas serão os pobres e favelados”, disse o parlamentar, na mesma rede social. “O que precisamos no Rio é de uma intervenção popular”, completou. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em sua conta no Twitter, classificou a intervenção como “desnecessária” e relacionou a medida com a tensão envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta reverter condenação em segunda instância. “A intervenção no Rio é mais um passo da quebra do pacto democrático no País. Medida desnecessária, é a radicalização que o governo promove frente as greves que se avizinham e a tensão contra a ameaça de prisão do Lula pode levar. Os setores democráticos devem rechaçar essa medida.”

Estadão Conteúdo
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