23 de fevereiro de 2018 | 18:46

Thompson Flores: Ideal é que se mantenha execução da pena após 2ª instância

brasil

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, defendeu a manutenção do entendimento atual do Supremo Tribunal Federal que autoriza a prisão após condenação de réus em segunda instância.A decisão, que depende de julgamento no STF, pode levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão, se mantida a condenação do petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.Em janeiro, a 8ª Turma da corte presidida por Thompson Flores condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão e determinou que a pena seja executada após a tramitação do processo encerrar no TRF-4.”Eu acho que o ideal para a efetividade da Justiça é que se mantenha a posição do Supremo que foi deliberada há pouco mais de um ano no sentido que está vigorando hoje, que há possibilidade da execução provisória da pena a partir das decisões de segunda instância”, disse o desembargador, após proferir palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. Ele reforçou que não estava defendendo a prisão de Lula, mas falando da tese em geral.Na palestra, o juiz afirmou que o Tribunal vai julgar os embargos de declaração do ex-presidente Lula e que a corte “tem sido rápida”.Ao falar com jornalistas, ele não quis prever um tempo para o julgamento e disse que o assunto está nas mãos dos membros da 8ª Turma. O juiz reforçou que um placar de 3 a 0, como foi em janeiro em desfavor do ex-presidente, não significa que a análise do recurso seguinte é mais rápida.

Estadão
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