28 de março de 2018 | 21:40

Delegado diz que ataque à caravana de Lula deve ser tratado como tentativa de homicídio

brasil

O delegado de Polícia Wilkinson Fabiano Oliveira de Arruda afirmou que os disparos contra dois dos três ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser tratados como uma tentativa de homicídio. Arruda publicou uma nota oficial na tarde quarta-feira (28). “Não há precipitação alguma em concluir o óbvio, que se há disparo de arma de fogo em direção a diversas pessoas em um ônibus, isso será considerado, em um primeiro momento, tentativa de homicídio, aqui e em qualquer lugar do mundo, embora se respeite opiniões diversas, desde que juridicamente fundamentadas”. No entanto, segundo ele, é preciso que a perícia seja concluída para total elucidação dos fatos. Na nota, Arruda afirma que não foi afastado de suas funções ou sofreu qualquer retaliação por em razão do caso. Ele disse que era o delegado de plantão em Laranjeiras do Sul, no Paraná, na noite de terça-feira quando os dois ônibus da caravana do ex-presidente foram atingidos dos tiros. Arruda foi primeiro delegado que confirmou que um dos ônibus da carava havia sido atingido por ao menos um tiro. No entanto, de acordo com apuração do Estado, suas declarações logo após o incidente não foram bem recebidas pela cúpula da Secretaria de Segurança do Paraná (Sesp). A apuração do caso será comandada pelo delegado Helder Andrade Lauria. O delegado disse que jamais permitiria sofrer “interferências políticas, de quem quer que seja, no exercício de suas atribuições” e que o “enquadramento legal dado a um caso por um delegado de Polícia deve se fundamentar exclusivamente em critérios técnicos, jamais em critérios políticos, pois Polícia é neutra”. Arruda disse ainda que deseja sucesso na condução do inquérito pelo delegado Hélder Andrade Lauria.

Estadão Conteúdo
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