Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO
Empresário Antonio Celso Grecco, do grupo Rodrimar 31 de março de 2018 | 08:45

Dono da Rodrimar nega conhecer ‘MT (R$ 300 mil)’

brasil

Em depoimento à Polícia Federal, horas após ser preso pela Operação Skala na quinta-feira, 29, o empresário Antonio Celso Grecco, do grupo Rodrimar, negou conhecer a sigla ‘MT (R$ 300 mil mais R$ 200 mil para campanha)’. Grecco foi questionado pela PF sobre o escândalo ‘caixinha do Porto de Santos’. Grecco foi ouvido pelo delegado federal Mateus Beraquet Costa. Seu relato preenche quatro páginas. O empresário e outros investigados e amigos do presidente Michel Temer (MDB) foram capturados na investigação que apura supostas irregularidades no Decreto dos Portos. O emedebista também está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. “Não sabe de um escândalo que foi denominado como ‘caixinha do Porto de Santos’”, afirmou o empresário à PF. “Não tomou conhecimento ou participou de alguma forma de repasses ou recebimento de valores ou de oferecimento de vantagens, diretas ou indiretas, às pessoas ou empresas.” Durante o depoimento, a PF mostrou a Grecco um documento de 8 de agosto de 1998. Segundo os investigadores, o papel indica que a Rodrimar ‘deveria repassar os valores para: MT (R$ 300 mil mais R$ 200 mil para campanha); MA ( R$ 150 mil) e L (R$ 150 mil)’. Para os investigadores, ‘MT’ pode ser uma referência ao presidente, ‘MA’, ao empresário Marcelo Azeredo, ex-diretor-da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e ‘L’, ao coronel da PM João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. Grecco disse que ‘desconhece referido documento’. “Nega qualquer ‘parceria’ com as pessoas de Michel Temer, Marcelo Azeredo e do coronel Lima; que, referente ao documento da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), em que constam menções às siglas MT, MA, Lima, RA, DM, além dos nomes Hélio Rosas e Vander, apresentados neste ato, informa que desconhece , bem como não sabe identificar referidos indivíduos”, afirmou o executivo. “Conheceu o senhor Marcelo Azeredo quando ele foi presidente da Codesp, isto há mais de vinte anos, não tendo visto mais tal pessoa, há mais de quinze anos quando ele saiu da Codesp, não tendo qualquer tipo de relação com ele; que não sabe informar como era a relação dele com o senhor presidente Michel Temer.”

Estadão
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