Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, em Brasília 23 de março de 2018 | 16:13

‘Não tem de ser privilegiado, nem destratado’, diz Cármen Lúcia sobre Lula

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, justificou que o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi suspenso por conta do cansaço dos membros da Corte na sessão desta quinta-feira, 22. Em entrevista concedida para a rádio Jovem Pan, ela negou que o processo do petista tenha “furado” a fila para ser julgado antes do pedido de outros réus. Ela disse ainda que o petista merece um tratamento justo. “(O habeas corpus de Lula) não foi para a dianteira da fila. A ordem é a ordem da urgência em razão do ato que é questionado. Neste caso a urgência foi considerada e, liberada a decisão do ministro Fachin na segunda-feira. Pela legislação brasileira, liberado para julgamento, o habeas corpus é levado em mesa na primeira sessão subsequente”, explicou a ministra. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsável pela análise do processo de Lula na segunda instância, agendou para a próxima segunda-feira o julgamento dos últimos recursos possíveis do ex-presidente na segunda instância da Justiça Federal. Caso os pedidos da defesa fossem negados, Lula poderia ser preso em seguida. No entanto, com a suspensão do julgamento no Supremo nesta quinta-feira, 22, os advogados solicitaram por meio de liminar que o petista não seja preso até a retomada da análise do habeas corpus na Corte, marcada para o dia 4 de abril. O pedido foi atendido pela maioria dos ministros. Leia no Estadão.

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