17 de abril de 2018 | 16:03

Joesley não fez pagamento de R$ 2 mi a Aécio por caridade, diz subprocurador

brasil

O subprocurador-geral da República, Carlos Alberto Coelho, disse nesta terça-feira, 17, que há “farto material probatório” para fundamentar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e obstrução de Justiça no âmbito da delação firmada por executivos do Grupo J&F. Entre as acusações que pesam sobre Aécio, está a gravação na qual ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo, controlador da JBS. Numa conversa, Aécio solicita o dinheiro a Joesley Batista sob a justificativa de que precisava pagar despesas com a defesa na Operação Lava Jato. A denúncia contra o senador do PSDB de Minas Gerais foi apresentada em 2 de junho. “Não há dúvidas de que o empresário Joesley Batista apenas aceitou pagar R$ 2 milhões porque Aécio ocupa o cargo de senador da República, sendo um político influente na época dos acontecimentos”, disse Coelho. “O empresário não fez esse pagamento por altruísmo ou caridade. Ele o fez porque sabia e confiava que o senador Aécio Neves estava preparado para prestar as devidas contrapartidas”, ressaltou. Além do senador do PSDB, também foram denunciados por corrupção passiva a irmã dele Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco de Medeiros e o ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG) Mendherson Souza Lima. “Há nos autos farto material probatório. Entregas foram acompanhadas e registradas em áudio e vídeo”, afirmou o subprocurador-geral da República.

Estadão Conteúdo
Comentários