Foto: Ed Ferreira/Estadão
O ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa 11 de maio de 2018 | 22:00

Justiça condena ex-governador e mais 14 por propinas em Mato Grosso

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A Justiça de Mato Grosso condenou o ex-governador Silval Barbosa (MDB/2010-2015), o ex-deputado estadual José Riva e mais 13 acusados da Operação Sodoma – etapas II e III -, investigação sobre suposto esquema de cobrança de propinas de empresários em troca da concessão de isenções fiscais e contratos com o Estado. A informação sobre a sentença imposta quarta-feira, 9, pelo juiz Marcos Faleiros, da Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá, foi divulgada pelo site MidiaNews e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em dezembro, Silval já havia sido condenado em outro processo a 13 anos e sete meses de reclusão por supostamente ter recebido propina de R$ 2,5 milhões. Neste outro processo, o juiz Marcos Faleiros aplicou 14 anos e dois meses de prisão para Silval, mas em “regime diferenciado” porque o ex-governador fechou acordo de delação premiada. Assim, o emedebista vai ficar em regime domiciliar pelo período de três anos e seis meses, com tornozeleira eletrônica – descontando-se o tempo em que já ficou preso. São 15 os condenados da Sodoma. Além de Silval, o ex-presidente da Assembleia de Mato Grosso pegou 13 anos e quatro meses de prisão. O Ministério Público de Mato Grosso sustentou na acusação que Silval era o “líder da organização” e “responsável por articular e coordenar as ações”. A Promotoria afirma que o grupo do ex-governador exigia propinas para concessão de incentivos fiscais e para favorecer empresas, via contratos com o Executivo. O Ministério Público diz, ainda, que a organização “atuou de forma perene durante toda a gestão de Silval Barbosa, provocando prejuízo a toda a população mato-grossense, que até hoje arca com as consequências das ações criminosas de seus membros, frente ao sucateamento da máquina administrativa, ausência de investimento em infraestrutura, na saúde, segurança e educação pública”. Em sua delação premiada, o emedebista confessou os crimes que o Ministério Público lhe atribui. A reportagem não localizou a defesa de Riva.

Estadão Conteúdo
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